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Câmera de segurança e GPS mostram que jovem preso há onze dias não esteve no local do crime, diz advogado

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Caio Telles Guimarães, de 20 anos, morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, está preso há onze dias por um crime que ele diz não ter cometido. — Foto: Arquivo pessoal

Do G1 Rio – O jovem Caio Telles Guimarães, de 20 anos, morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, está preso há onze dias por um crime que ele diz não ter cometido.

Segundo informações do advogado Douglas de Assis, responsável pela defesa do rapaz, a prisão de Caio, que é negro, pode ter sido motivada por racismo. Câmeras de segurança mostram que o jovem estava em casa no momento que o crime aconteceu. A defesa ainda afirma que o sinal do GPS do telefone celular de Caio indica que ele nem mesmo passou pela rua onde ocorreu o assalto.

“Existe sim a possibilidade de algum tipo de preconceito pela cor da pele. A família está desesperada, com um sentimento de impotência enorme. Mas todos acreditam firmemente na inocência do Caio. Ele jamais praticou crime algum, jamais entrou em uma delegacia”, comentou Douglas.

Caio foi preso no dia 22 de fevereiro, acusado de participar do roubo de uma moto na Rua David Campista, próximo à Rodovia RJ-104, por volta das 13h.

Contudo, a família do rapaz diz que ele estava em casa nesse momento e que só teria saído às 13h30 para ajudar um amigo a realizar uma mudança. Imagens da câmera de segurança que fica na rua onde ele mora, no bairro Laranjal, confirmam a versão dos familiares. (Vídeo acima).

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“Estamos reunindo o máximo de provas possíveis para deixar claro a inocência do Caio. Inicialmente é possível perceber que os horários são conflitantes. A vítima afirma em delegacia ter sido roubado as 13h, enquanto as câmeras mostram que nesse horário o Caio estaria no interior de sua residência”, explicou o advogado Douglas de Assis.

Agressão no momento da prisão

A prisão de Caio foi feita por agentes do Programa Segurança Presente São Gonçalo. E segundo sua defesa, Caio ouviu da vítima que ela não teria condições de reconhecer o rapaz como um dos assaltantes.

Contudo, ainda de acordo com o advogado de Caio, a vítima mudou de opinião e passou a apontar Caio como sendo autor do roubo depois de conversar com os policiais reservadamente por alguns minutos.

Caio contou também que foi agredido com dois tapas no rosto pelos policiais e que levou um jato de spray de pimenta enquanto era obrigado a desbloquear seu aparelho de telefone celular para os agentes.

Em seu depoimento na delegacia, o homem que teve a moto roubada contou que os assaltantes apontaram uma arma para ele no momento do assalto.

Os policiais que prenderam Caio não encontraram a arma do crime e nem mesmo a moto roubada. O crime foi registrado na 74ª DP (Alcântara).

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O advogado de Caio revelou que vai pedir a revogação da prisão dele na segunda-feira (7), incluindo no processo as imagens da câmera de segurança e o sinal do GPS do celular.

“Estamos confiantes que o juízo de origem irá revogar essa prisão descabida, que por certo a vítima se confundiu na hora do reconhecimento”, argumentou Douglas de Assis.

O que dizem os envolvidos.

Questionado pela reportagem, os responsáveis pelo Programa Segurança Presente disseram que os “agentes prenderam dois homens suspeitos no bairro Laranjal, após eles serem identificados pela vítima como autores do roubo de sua motocicleta”.

Já a Polícia Civil respondeu que “trata-se de prisão em flagrante efetuada pela Polícia Militar, em que o autor foi reconhecido por duas vítimas”.

Questionada se o caso não deveria ser melhor apurado antes de determinar a prisão, a Polícia Civil informou que a prisão não foi decorrente de uma investigação com base em um inquérito policial.

“Portanto, o delegado agiu dentro da lei, e qualquer elemento surgido após a prisão pode ser apresentado pela defesa junto à Justiça”, dizia a nota da Polícia Civil. 

O roubo da moto aconteceu na Rua David Campista, próximo à Rodovia RJ-104, em frente a uma loja de auto peças – Foto: Arquivo pessoal

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PF prende ex-deputado federal do Pará pela prática de crimes eleitorais no Aeroporto Internacional de Belém

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Ex-parlamentar foi detido no aeroporto de Belém – Foto: Assessoria

(PF) – A Polícia Federal prendeu um ex-deputado federal pelo estado do Pará no início da manhã desta quinta-feira (18/4), no Aeroporto Internacional de Belém, pela prática de crimes eleitorais. Ele foi abordado ao desembarcar na capital paraense e encaminhado ao sistema prisional do estado.

A prisão preventiva requerida pela Polícia Federal foi deferida em razão da prática reiterada, entre outros, dos crimes eleitorais de violência política praticados contra deputada federal por meio das redes sociais.

O Tribunal Regional Eleitoral também ordenou a exclusão das postagens em redes sociais que motivaram o mandado de prisão.

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